Essa canção é uma das minhas favoritas dos Los Hermanos, a letra e a melodia são de uma beleza incrível. Mas, o que é de mais belo e apaixonante nessa canção é que a letra, composta por Marcelo Camelo, é baseada numa história real acontecida no Rio de Janeiro simplesmente emocionante.
A história é o seguinte:
Em 25 de setembro de 2002 aconteceu no centro do Rio um desabamento de um prédio antigo onde funcionava um velho hotel, chamado Hotel Linda do Rosário. Entre os escombros os bombeiros encontraram os corpos de dois velhinhos abraçados e um tempo depois ficou sabendo que eles foram namorados na juventude e por causa desses caminhos loucos da vida eles se separaram e só se reencontraram muitos anos depois, mas decidiram viver seu amor. Mas a família era contra esse relacionamento, então eles começaram a se encontrar escondidos nesse hotel. Um dia o prédio deu indícios de que iria desabar, então os empregados foram batendo de porta em porta para os clientes saírem. Porém há controvérsia na morte do casal. Uns acreditam que eles temiam ter sido descobertos e não quiseram sair, e outros acreditam que eles cansados de fugirem, decidiram morrer juntos, e ficaram até o fim como amantes. Essa segunda versão foi escolhida por Marcelo Camelo para escrever essa bela letra.
-Veja você, onde é que o barco foi desaguar
-A gente só queria um amor
-Deus parece às vezes se esquecer
-Ai, não fala isso, por favor
-Esse é só o começo do fim da nossa vida
-Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
Que a gente vai passar
Veja você, quando é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além
Vão dizer, que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair
quarta-feira, 28 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
À Bunda - Fernanda Young

Esse texto foge um pouco do intuito e o objetivo desse blog de dá opiniões sobre diversas coisas com a música e mostrar poemas, frase, textos e pensamentos, de minha autoria e de grandes personalidades. Mas por considerá-lo bastante criativo, resolvi publicá-lo! Espero que gostem...
Olha, desta vez você passou das medidas. Só não boto você para fora, agora, porque é a sua cara dar escândalo.
Estou cheia de você atrás de mim o tempo todo. Fica se fazendo de fofa, enquanto, pelas minhas costas, chama a atenção de todo mundo para meus defeitos.
Você está redondamente enganada se pensa que eu vou me rebaixar ao seu nível – o que vem de baixo não me atinge. Mas faço questão de desancar essa sua pose empinada.
Por que nunca encara as coisas de frente?
Fica parecendo que tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber?
Você é, e sempre foi, um peso na minha existência – cada papel que me fez passar... Diz-se sensível e profunda, mas está sempre voltada para aquilo que já aconteceu. Tenho vergonha de apresentar você às pessoas, sabia?
Por que você nunca encara as coisas de frente, bunda? Fica parecendo que, no fundo, tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber? O que há por trás de todo esse silêncio?
Você diz que está dividida e que eu preciso ver os dois lados da questão. Ora, seja mais firme, deixe de balançar nas suas posições.
Longe de mim querer me meter na sua vida privada, mas a impressão que dá é que você não se enxerga. Porque está longe de ter nascido virada para a lua e costuma se comportar como se fosse o centro das atenções.
Bunda, você mora de fundos, num lugar abafado. Nunca sai para dar uma volta, nunca toma um sol, nunca respira um ar puro. Vive enfurnada, sem o mínimo contato com a natureza. O máximo que se permite é aparecer numa praia de vez em quando, toda branquela.
Não é de admirar que esteja sempre por baixo. Tentei levar você para fazer ginástica, querendo deixar você mais para cima, mas fingiu que não escutou.
Saiba que você não é mais aquela, diria até que anda meio caída. E vai ter que rebolar para mexer comigo, de novo, da maneira que mexia.
Lembro do tempo em que eu, desbundada, sonhava em ter um pouquinho mais de você. Agora, acho que o que temos já está de bom tamanho. E, pensando bem, é melhor pararmos por aqui antes que uma de nós acabe machucada.
Sei que qualquer coisinha deixa você balançada, então não vou expor suas duas faces em público. Mas fique sabendo que, se você aparecer, constrangendo-me diante de outras pessoas, levarei seu caso ao doutor Albuquerque*.
Lamento, isso dói mais em mim do que em você, mas você merece o chute que estou lhe dando. Duplamente decepcionada,
Olha, desta vez você passou das medidas. Só não boto você para fora, agora, porque é a sua cara dar escândalo.
Estou cheia de você atrás de mim o tempo todo. Fica se fazendo de fofa, enquanto, pelas minhas costas, chama a atenção de todo mundo para meus defeitos.
Você está redondamente enganada se pensa que eu vou me rebaixar ao seu nível – o que vem de baixo não me atinge. Mas faço questão de desancar essa sua pose empinada.
Por que nunca encara as coisas de frente?
Fica parecendo que tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber?
Você é, e sempre foi, um peso na minha existência – cada papel que me fez passar... Diz-se sensível e profunda, mas está sempre voltada para aquilo que já aconteceu. Tenho vergonha de apresentar você às pessoas, sabia?
Por que você nunca encara as coisas de frente, bunda? Fica parecendo que, no fundo, tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber? O que há por trás de todo esse silêncio?
Você diz que está dividida e que eu preciso ver os dois lados da questão. Ora, seja mais firme, deixe de balançar nas suas posições.
Longe de mim querer me meter na sua vida privada, mas a impressão que dá é que você não se enxerga. Porque está longe de ter nascido virada para a lua e costuma se comportar como se fosse o centro das atenções.
Bunda, você mora de fundos, num lugar abafado. Nunca sai para dar uma volta, nunca toma um sol, nunca respira um ar puro. Vive enfurnada, sem o mínimo contato com a natureza. O máximo que se permite é aparecer numa praia de vez em quando, toda branquela.
Não é de admirar que esteja sempre por baixo. Tentei levar você para fazer ginástica, querendo deixar você mais para cima, mas fingiu que não escutou.
Saiba que você não é mais aquela, diria até que anda meio caída. E vai ter que rebolar para mexer comigo, de novo, da maneira que mexia.
Lembro do tempo em que eu, desbundada, sonhava em ter um pouquinho mais de você. Agora, acho que o que temos já está de bom tamanho. E, pensando bem, é melhor pararmos por aqui antes que uma de nós acabe machucada.
Sei que qualquer coisinha deixa você balançada, então não vou expor suas duas faces em público. Mas fique sabendo que, se você aparecer, constrangendo-me diante de outras pessoas, levarei seu caso ao doutor Albuquerque*.
Lamento, isso dói mais em mim do que em você, mas você merece o chute que estou lhe dando. Duplamente decepcionada,
sábado, 24 de março de 2012
Ode à Hipocrisia - Vitória Vasconcelos

Como a hipocrisia fede e contagia como gripe no inverno
Me enoja os hipócritas com suas máscaras e aparências
Com sorrisos estampados, lutos fingidos e abraços fraternos São porcos sem senso crítico, personalidade e de fácil influência
Choram luto pela mortes de gênios pela repercussão na mídia
Lamentam suas mortes aparentando ser fã ou admirador
Gênios que nem sequer ouvira falar este ainda estavam em vida
Que nem tinha consciência da sua significância, obra e valor
Me enfurecem pela sua falsa aparência e poser de intelectual
"Vejam, sou fã de Clarice Lispector, The Beatles e C.F.A*"
"Como estou triste pelo morte de Chico Anysio, ele foi gênial"
Espero ansiosamente quando toda essa hipocrisia vai acabar...
sexta-feira, 23 de março de 2012
Um pouco de Oscar Wilde
quinta-feira, 22 de março de 2012
Madrugada - Vitória Vasconcelos
Sentada, meus olhos voltam para o céu da noite
À contemplar as nuvens e a infinita beleza do ceú
À contemplar as nuvens e a infinita beleza do ceú
Nos meus ouvidos, escuto Jeff Buckley, quão doce
A gotejar lentamente pingos dourados de mel
A gotejar lentamente pingos dourados de mel
O ceú, brinca na imensidão, de desenhar com a nuvem
Sugiro que ali é um monstro, pronto para me devorar
Logo se perde e some, novas massas de algodão surgem
Logo se perde e some, novas massas de algodão surgem
A madrugada, devagar no ceú, começa a derramar.
Um frio noturno dança a agitar o verde da natureza
Um frio noturno dança a agitar o verde da natureza
A cadeira de balanço cessa de mover-se, estática
Deleito desse último momento e observo sua beleza
Viajo na minha imaginação, coisa pouca rara
Lucy no ceú com diamantes a brincar nas estrelas
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